O crime do restaurante chinês, Boris Fausto

O crime do restaurante chinês, Boris Fausto, trecho:

“Com esforço, levantou a grade, entrou no imóvel, passando os olhos incertos pela semiobscuridade do salão de refeições do restaurante, que se abria diretamente para a rua. Seus olhos se arregalaram diante de uma cena de horror. No chão, entre mesas e cadeiras, deu com o corpo de um homem estirado de bruços, com a cabeça esfacelada, que a princípio não reconheceu. Perto dele, em posição semelhante, outro morto, com a cabeça no mesmo estado e muitas equimoses no rosto. O sangue espirrara nas paredes e fluía dos corpos das vítimas, traçando um riacho vermelho no chão de azulejos retangulares, alternados em preto e branco.”